segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Rendimento de técnicos prejudica clubes mineiros na luta contra rebaixamento

O Cruzeiro anunciou, no início da tarde desta segunda-feira, Vagner Mancini como o treinador para salvar o time da queda para a Série B do Campeonato Brasileiro. Mas a troca no comando técnico não tem surtido efeito para a regularidade no desempenho de América, Atlético e Cruzeiro no torneio nacional.

Pelo contrário, os números mostram que o aproveitamento dos técnicos tem prejudicado os três times na luta contra o rebaixamento. As saídas de Mauro Fernandes, Dorival Júnior, e Cuca não contribuíram em nada para melhorar o desempenho das equipes dentro do Brasileirão.

Os matemáticos dizem que 45 pontos são suficientes para um time não cair para a Série B. Portanto, nos 12 jogos restantes do campeonato, o Cruzeiro terá que fazer 16 pontos para se manter na Série A. Assim, o quarto treinador celeste no Brasileirão vai ter que levar o time a vencer cinco partidas e empatar uma, ou ainda, vencer quatro e empatar outras quatro.

Um aproveitamento de 44,4%, número que apenas Joel Santana conseguiu atingir até o momento. No início do campeonato, Cuca era o treinador e, após a eliminação na Libertadores, conseguiu apenas 20% de aproveitamento e foi demitido. Veio Joel Santana, mas, apesar do desempenho de 60%, o estilo de jogo defensivo fez com que o “papai Joel” desagradasse diretoria e torcida. Emerson Ávila foi efetivado no cargo, mas não conseguiu vencer em seis jogos e amargou pífios 11,1% de rendimento.

Vagner Mancini foi anunciado como novo técnico
do Cruzeiro. (foto: LC Moreira/Lancenet)

Vagner Mancini chega com números modestos. A título de comparação – pois os times são diferentes –, no Ceará, Vagner Mancini conquistou 39,1% dos pontos nos 23 jogos do campeonato, o que, nas projeções de hoje, pode representar a queda do Cruzeiro para a Série B.

Já o Atlético terá que somar 20 pontos nas próximas 12 partidas para não cair. Um aproveitamento de 55,5%, o que nem Dorival muito menos Cuca – até o momento – conseguiram alcançar. Nas 15 partidas em que dirigiu o alvinegro, Dorival conquistou 15 pontos (33,3%). Foi demitido pela diretoria e Cuca assumiu. Em 11 jogos, o atual comandante melhorou o conjunto da equipe, mas piorou os números e conquistou 10 pontos em 11 jogos (30,3%).

A pior situação é a do América. Virtual rebaixado, o time precisa conquistar 26 pontos em 36 possíveis. Um rendimento de 72,2%. E, de todos os três treinadores que tentaram, nenhum deles conseguiu alcançar sequer a metade deste aproveitamento proposto para escapar da degola. Mauro Fernandes conquistou apenas seis pontos (22,2%). Antônio Lopes somou mais dois e derrubou o rendimento para 16,6% e Givanildo Oliveira elevou para 30,5% o aproveitamento americano no campeonato. Mesmo assim, não é o suficiente para tirar o clube da zona de rebaixamento.

Veja o aproveitamento de cada treinador neste Brasileirão:

América:
- Mauro Fernandes: 22,2% aproveitamento em 9 jogos (6 pontos em 27 possíveis)
- Antônio Lopes: 16,6% aproveitamento em 4 jogos (2 pontos em 12 possíveis)
- Givanildo Oliveira: 30,5% aproveitamento em 12 jogos (11 pontos em 36 possíveis)

* Milagres, técnico dos juniores, dirigiu o América, interinamente, durante a troca de Lopes por Givanildo, na derrota por 2 a 1 para o Corinthians.

Atlético:
- Dorival Júnior: 33,3% aproveitamento em 15 jogos (15 pontos em 45 possíveis)
- Cuca: 30,3% aproveitamento em 11 jogos (10 pontos em 33 possíveis)

Cruzeiro:
- Cuca: 20% aproveitamento em 5 jogos (3 pontos em 15 possíveis)
- Joel Santana: 60% aproveitamento em 15 jogos (24 pontos em 45 possíveis)
- Emerson Ávila: 11,1% aproveitamento em 6 jogos (2 pontos em 18 possíveis)
- Vagner Mancini (comando do Ceará): 39,1% aproveitamento nos 23 jogos (27 pontos em 69 possíveis)

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