Quarta-feira, 25 de abril de 2012. Data que marcou a volta do futebol a Belo Horizonte após 22 meses. E lá estava este blogueiro incluído no meio do público de 9.250 presentes no novo Estádio Independência. América e Argentinos Juniors fizeram as honras da casa. O resultado da partida pouco importou. O mais relevante era como estariam as instalações dentro da nova construção que custou R$ 149 milhões aos cofres públicos.
Antes de relatar como foi minha experiência no novo estádio, digo que o local é muito bonito, quase impecável para o torcedor. Onde fiquei, no anel inferior, a visão do campo estava perfeita – a não ser quando as pessoas à frente se levantam para acompanhar algum lance. Já o anel superior, alvo da polêmica dos pontos cegos por conta dos guarda-corpos, estava interditado. O gramado é um tapete e a iluminação é muito boa.
Luva de limpeza foi deixada nas arquibancadas após rápida faxina realizada minutos antes da partida |
Logo na chegada, às 21h – meia hora antes de a partida começar –, encontrei uma grande fila para entrar no estádio, mas que andava muito rápido e, assim, não houve problemas. Mas quando me aproximava das catracas, três sujeitos furaram a fila entrando justamente na minha frente. Os seguranças do local nada fizeram.
Dentro do Independência, a limpeza de última hora, feita às pressas pelos funcionários do consórcio que administra o local, foi visível. Debaixo de um dos assentos, no setor das cadeiras laterais, no anel inferior, encontrei uma luva de limpeza jogada no chão.
Durante a partida, notei alguns pontos que deixaram a desejar. O placar eletrônico de alta definição é muito bonito, porém ficou atrás de um dos gols com uma tela de proteção sustentada por canos de ferro que atrapalham na hora de se fazer alguma imagem do placar. Poderia ter ficado em um local mais alto. Entre as duas torres de camarote, sustentado pela estrutura de aço que cobre as arquibancadas, por exemplo.
Outra falha notada foi no sistema de som, que é baixo. Consegui enxergar apenas duas caixas de som atrás de um dos gols e ao lado do placar eletrônico. Mesmo com pouco menos de 10 mil pessoas no estádio, o barulho da torcida abafou o áudio da competente locutora Pollyanna Andrade. Imagine com a lotação máxima!
Não há lixeiras nos corredores entre as arquibancadas. Por isso, vários copos descartáveis, latas de refrigerante, de cerveja, pacotes de salgadinho e de pipoca consumidos pelo público ficou jogado debaixo das cadeiras ao fim da partida.
Por fim, reparei em um detalhe curioso. O estádio Independência é propriedade do América – e cedido ao Governo do Estado de Minas Gerais para realizar a reforma – e a identidade do local é inteiramente do Coelho, tanto que as cadeiras são verdes.
Escudo do América, ao lado do gol, não foi gravado no gramado |
Quer dizer: cada clube que jogar no Independência como mandante, seja Atlético ou Cruzeiro, poderá, se quiser, inserir seu distintivo ao lado de cada meta, personalizando o estádio. Uma furada da diretoria americana que ainda pode ser consertada, já que o Independência lhe pertence.
Veja outras fotos do Novo Independência:
O gramado é um verdadeiro tapete |
Quando os torcedores se levantam das cadeiras, a visibilidade fica prejudicada |
Placar eletrônico |
Anel superior com o guarda-corpo que prejudica a visão do jogo foi interditado |
Visão do torcedor no anel inferior, abaixo das cabines de imprensa |
Anel superior com o guarda-corpo que prejudica a visão do jogo foi interditado |
Ao centro, uma das duas torres onde ficam os camarotes vip |
Detalhe das cadeiras em diferentes tons de verde |
Atrás dos gols há uma tela de proteção para os torcedores |
A iluminação é muito boa |
Vídeo que editei em homenagem à torcida do América que fez a festa no Independência:
Como a bola rola macia no gramado do Novo Independência:
Euller saindo de campo na sua despedida do futebol profissional:
Um comentário:
Justo o que eu procurava sobre guarda corpo bh. Obrigado!
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