domingo, 11 de março de 2012

Pedido de licença de Ricardo Teixeira da CBF não muda nada

Demorou, mas Ricardo Teixeira pediu afastamento do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por 60 dias. Já é alguma coisa, porém não o bastante para a moralização do futebol brasileiro.

José Maria Marin, de 79 anos, foi indicado como presidente interino da entidade. Ex-governador de São Paulo, Marin também esteve à frente da Federação Paulista de Futebol de 1982 a 1988 e é o vice-presidente da CBF na Região Sudeste.

Mas o que importa não é a saída de Ricardo Teixeira e sim quem conseguirá reformular estrutura podre da CBF. Porque será mesmo que apenas uma possível renúncia de Teixeira melhoraria a organização do futebol brasileiro? O problema não estaria no sistema estrutural implantado por RT há 23 anos na CBF? Quem estiver no cargo, seja Marin ou outro, não continuará fazendo as mesmas mazelas?

O problema da CBF é interno. Ricardo Teixeira montou uma estrutura para favorecê-lo e será difícil destrui-la. Quem entrar será indicado por ele, mesmo que aconteçam novas eleições.


Para acabar com o câncer na entidade-mor do futebol brasileiro, a mudança tem que vir lá de baixo. Os dirigentes dos clubes precisam pressionar os presidentes das Federações, que atualmente pertencem à mesma laia da CBF.

Ou então, cria-se uma liga independente, que estaria sujeito ao esforço de cada cartola. E esse esforço inclui jogar para escanteio as vaidades, picuinhas pessoais e rixas que existem entre eles. Diferenças estas que, aliás, não levarão a nada, apenas à permanência da má administração do futebol brasileiro.

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