José Maria Marin, de 79 anos, foi indicado como presidente interino da entidade. Ex-governador de São Paulo, Marin também esteve à frente da Federação Paulista de Futebol de 1982 a 1988 e é o vice-presidente da CBF na Região Sudeste.
Mas o que importa não é a saída de Ricardo Teixeira e sim quem conseguirá reformular estrutura podre da CBF. Porque será mesmo que apenas uma possível renúncia de Teixeira melhoraria a organização do futebol brasileiro? O problema não estaria no sistema estrutural implantado por RT há 23 anos na CBF? Quem estiver no cargo, seja Marin ou outro, não continuará fazendo as mesmas mazelas?
O problema da CBF é interno. Ricardo Teixeira montou uma estrutura para favorecê-lo e será difícil destrui-la. Quem entrar será indicado por ele, mesmo que aconteçam novas eleições.
Para acabar com o câncer na entidade-mor do futebol brasileiro, a mudança tem que vir lá de baixo. Os dirigentes dos clubes precisam pressionar os presidentes das Federações, que atualmente pertencem à mesma laia da CBF.
Ou então, cria-se uma liga independente, que estaria sujeito ao esforço de cada cartola. E esse esforço inclui jogar para escanteio as vaidades, picuinhas pessoais e rixas que existem entre eles. Diferenças estas que, aliás, não levarão a nada, apenas à permanência da má administração do futebol brasileiro.
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